Há muito que
se questionar quanto a afirmação que o crescimento demográfico contribui para a
degradação e destruição do meio ambiente. Como explicar a África com seu alto
índice populacional e áreas ambientais sempre verdes, com animais que não
existem em qualquer outra parte do mundo? O Brasil com suas matas e frutas
tropicais? Ainda assim, de fato, o crescimento demográfico é um dos fatores que
contribuem com a destruição do meio, mas não é em si o seu principal fator. A questão
é que fatores agregados levam a culminância do aumento populacional.
A urbanização
é um mal necessário das grandes cidades e a medida que a população migra para os centros urbanos, a
gestão das cidades perde o controle sobre o uso dos recursos naturais. Mesmo alguém
que vive nas ruas e não paga pelo uso dos recursos dispõe diretamente deles. Ele
bebe água, ele come e veste-se. O desafio é compreender que o meio ambiente
precisa ser preservado e orientar a população de todas as camadas sociais
acerca do assunto. Conviver com o meio de maneira sustentável. O ser humano
convive com o meio de maneira consumista e isto vem causando impactos indesejáveis
e negativos. Culpar o crescimento demográfico e impor regras de controle de
natalidade por si só não resolve o problema. A principal preocupação deve ser a
conscientização humana.
Pesquisas mostram que o ser humano deseja preservar
o meio. A questão é que ele não sabe qual o seu papel na preservação. Alguns acham que é função do governo criar
politicas de proteção e não percebem que as leis seriam para eles e não para o
meio. O consumismo é tido como algo normal e necessário e não existe percepção
de que quanto mais consumista mais degradamos o meio ambiente. Para completar
os governos não tem mostrado competências ao lidar com o crescimento
demográfico nas grandes cidades. O lixo, a água, a saúde estão associados aos
centros urbanos e a pobreza. Não há consciência de que quem degrada pode
pertencer a qualquer camada social.
A presença
humana tem gerado grandes catástrofes ambientais. Quanto maior a população,
maior a catástrofe. A humanidade precisa repensar o uso do ambiente independente
do seu tamanho demográfico, pois a questão ambiental atinge a toda a sociedade humana.
A educação ambiental, antes de tudo, é de suma importância e deve ser para
todos. Adquirir hábitos de preservação do meio pode ameniza os impactos e com
esta educação o homem perceberá que o controle demográfico tem o seu papel. Mas
esse processo precisa ocorrer de maneiro consciente e não por imposição. Fazer
e promover práticas de preservação do meio ambiente é dever de todos. Não há
culpados na degradação, mas também não há inocentes. O que existe de fato é uma
maioria ignorante.
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