Infelizmente muitos professores utilizam as tecnologias apenas para reproduzir o conhecimento acreditando que ainda são os verdadeiros detentores do saber e que aos alunos cabe apenas assimilar o que eles passam. A visão do aluno como ser sem luz ainda não morreu para muitos professores. Outros continuam achando que a tecnologia lhes serve apenas como substituto da lousa ou extensão dela. Ainda há aqueles que resistem ao uso de tecnologia e acham que o modo de ensinar de antes é melhor e que as tecnologias não contribuem em nada com o saber. Mesmo os que aceitam bem a tecnologia não se sentem preparados para fazer bom uso delas e por isso receiam em usá-las. Alguns as usam até com certo esforço, mas precisam entender como de fato este uso pode contribuir para formar alunos críticos e conscientes do mundo que o cerca para que possam contribuir para transformá-lo numa sociedade melhor.
Acredito que práticas de incentivo a formação do professor frente as tecnologias podem e devem ajudar os professores a vencer essa resitência ao uso delas. Mas há algo importante que todo educador precisa entender: somos imigrantes nesta era digital , ao passo que nossos alunos em meio as tecnologias. Também precisamos aprender a não subestimar nossos alunos achando eles não se interessam em usar tecnologias em sua aprendizagem. Mesmo quando jogam games estão aprendendo algo, quando assistem ao um filme entre tantos outros exemplos. Acredito que o modo como encaramos as tecnologias pode influir em nossa práxis pedagógica.
A metáfora do relógio nos ajuda a ver que o progresso chega a tudo e a todos. Para o educador é uma ótima maneira de meditar em como vem encarando o avanço tecnológico na prática pedagógica.