Pesquisar este blog

sexta-feira, 9 de novembro de 2012

Nosso alunos precisam conhecer e valorizar seu bairro


       Como educadora percebo que entre os jovens em idade escolar, assim como nos adultos habita o preconceito em relação ao bairros. Uns são qualificados como bons de morar ou "nobres" e outros são classificados como ruins e perigosos. Este preconceito acontece porque nossos jovens não são colocados em contato com a origem de seus bairros. Precisamos levá-los a isso através de atividades escolares que promovam tal conhecimento. Muitos de nós, até mesmo moradores antigos de Salvador, esquecem que a maioria dos bairros da cidade muitas vezes surgiram do nada ou então tiveram origem humilde e cresceram e se desenvolveram não porque o eram assim, mas porque a população que neles moravam desenvolveu-se, permaneceu no bairro e fez com que ele absorvesse o seu desenvolvimento, seja ele econômico ou intelectual. 
       O que ocorre hoje que faz com que muitos bairros de Salvador continuem na pobreza e a mercê da marginalidade é que a população que melhore socioeconomicamente e intelectualmente não tem se preocupado com o bairro. Estes preferem migrar para um bairro chamado "melhor" e nada contribui para melhoria de seu bairro de origem. Ele mesmo, desenvolve preconceito em relação a sua origem. Talvez percebendo que assim como o "homem é produto do meio, o meio por sua vez pode ser modificado pelo homem", este possa contribui com a melhoria dos bairros hoje chamados de "ruins de morar ou perigosos".  


      Nosso mestre educador Paulo Freire certa vez disse; "Se a educação sozinha não pode transformar a sociedade, tampouco sem ela a sociedade muda."  E Pitágoras completou: "Educai as crianças, para que não seja necessário punir os adultos." 
     Nossas origens alem de nos dizer que somos podem determinar o que faremos, portanto incluir a origem do local onde cada um de nossos educandos nasce e vive pode fazê-los pensar melhor em que futuro pretendem dar para o ambiente em que vivem.