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quarta-feira, 30 de junho de 2021

Editorial da amiga Maria José sobre Lázaro

 Depois de uma busca insana, de plantões televisivos, reportagens, entrevistas, o cerco fechou de verdade e o homem que povoou mentes, e discussões nos últimos vinte dias, finalmente sucumbiu!

O país inteiro, posicionado como tribunal, teorizando, julgando e sentenciando, viu chegar ao fim, uma situação, que longe de ter sido resolvida, com a morte de Lázaro Barbosa, abre uma série de questionamentos e conclusões. Como? Porque? Há um só culpado? Quem está por trás? Quem financiou?

A polícia, autoridades, especialistas, discutiram, confrontaram fatos, buscam ainda informações para prosseguir nas investigações. Mas uma questão permeou toda a discussão, sem nem sequer de forma consciente: Quem é na verdade, este homem, que driblou forças especiais, e cometeu atos tão vis que pareciam traillers de filme de terror? O que levou um ser humano a gerar tanto ódio, medo e confronto de opiniões?

A imprensa noticiou incessantemente o “time line” de crimes e confrontos do individuo procurado, e as suas ações criminosas, mas não percebeu que apenas olhava a ponta do iceberg, via apenas o resultado final de uma vida, violentada e corrompida, desde sua formação. Deixou de ser sensível ao leque de reflexões que a situação possibilitou fazer: como uma criação nefasta, uma educação violenta e tóxica, na formação de um indivíduo, podem determinar uma diluição de censura moral e uma monetização da sobrevivência, não importando o rumo ou as conseqüências desta seqüela familiar.

Todo o contexto, pouco analisado, diga-se de passagem, abriu uma janela para situações que se repetem em lares “ditos familiares”, onde a violência, a ausência de comprometimento moral e emocional com os membros presentes nela, podem resultar em indivíduos com personalidade patológica, abjeta, tão corrompida pela toxidade dos relacionamentos, que deixam rastros tão destrutivos e desintegradores, em uma sociedade.

O réu do processo, não é apenas um homem, mutilado pela violência, pelo desamor e falta de interação afetiva, mas sim uma sociedade que escuta, indiferente, aos relatos de violência doméstica, dos gritos surdos de crianças que são abusadas, violentadas, espancadas e ignoradas e da inocência que se perdeu no vácuo de uma sociedade insana, patológica e irracional.

sexta-feira, 1 de novembro de 2019

Poluidor-pagador???





O poluidor-pagador, como assim é chamado a pessoa que degrada, suja, destrói, faz mau uso do meio ambiente, segundo a lei ambiental deve compensar ou repor esta perda. Porém, o que se vê na prática, não compensa o que foi feito. Em outras palavras, leva tempo para o ambiente se recuperar  do dano e muitas vezes ele nem se recupera. Vemos animais sendo extinto, florestas devastadas e com recuperação ou quase nenhuma. Sem falar da água e do ar.
Ao invés de denominar poluidor-pagador este alguém que polui, a lei deveria ser mais severa e punir o ser ou empresa com mais rigor e não apenas com indenização. A lei também poderia estabelecer que não existe poluir sem querer. A poluição é algo que ocorre na maioria das vezes intencionalmente. A exemplo, alguém que resolve construir em um local com muitas arvores sabe de antemão que terá que derruba-la. Ele sabe que terá que desmatar, não, portanto não há inocência. A intenção estava lá desde a planta do que será construído.
Embora o art. 225, paragrafo 3º. reze que “os infratores, pessoas físicas ou jurídicas, a sanções penais e administrativas, independentemente da obrigação de reparar os danos causados”, na prática as sansões penais são fracas e a maioria dos poluidores pagadores saem ilesos do processo, enquanto que o meio ambiente fica ou permanece degradado e muitas vezes de maneira irreparável.
Algo a se pensar é com respeito à reparação. Como se repara vidas (fauna)? Ressuscitando? A abertura para poluidor-pagador muitas vezes serve como estopim para poluir, indicando a poluição ou degradação com responsabilidade. É como conceder permissão para se poluir. Proibir o poluir e estabelecer  sansões e punições seria o caminho mais viável para evitar que polua o meio.

sábado, 10 de agosto de 2019

O aumento da população é culpado pelos problemas ambientais?




Há muito que se questionar quanto a afirmação que o crescimento demográfico contribui para a degradação e destruição do meio ambiente. Como explicar a África com seu alto índice populacional e áreas ambientais sempre verdes, com animais que não existem em qualquer outra parte do mundo? O Brasil com suas matas e frutas tropicais? Ainda assim, de fato, o crescimento demográfico é um dos fatores que contribuem com a destruição do meio, mas não é em si o seu principal fator. A questão é que fatores agregados levam a culminância do aumento populacional.
A urbanização é um mal necessário das grandes cidades e a medida que a  população migra para os centros urbanos, a gestão das cidades perde o controle sobre o uso dos recursos naturais. Mesmo alguém que vive nas ruas e não paga pelo uso dos recursos dispõe diretamente deles. Ele bebe água, ele come e veste-se. O desafio é compreender que o meio ambiente precisa ser preservado  e orientar  a população de todas as camadas sociais acerca do assunto. Conviver com o meio de maneira sustentável. O ser humano convive com o meio de maneira consumista e isto vem causando impactos indesejáveis e negativos. Culpar o crescimento demográfico e impor regras de controle de natalidade por si só não resolve o problema. A principal preocupação deve ser a conscientização humana.
 Pesquisas mostram que o ser humano deseja preservar o meio. A questão é que ele não sabe qual o seu papel na preservação.  Alguns acham que é função do governo criar politicas de proteção e não percebem que as leis seriam para eles e não para o meio. O consumismo é tido como algo normal e necessário e não existe percepção de que quanto mais consumista mais degradamos o meio ambiente. Para completar os governos não tem mostrado competências ao lidar com o crescimento demográfico nas grandes cidades. O lixo, a água, a saúde estão associados aos centros urbanos e a pobreza. Não há consciência de que quem degrada pode pertencer a qualquer  camada social.
A presença humana tem gerado grandes catástrofes ambientais. Quanto maior a população, maior a catástrofe. A humanidade precisa repensar o uso do ambiente independente do seu tamanho demográfico, pois a questão ambiental atinge a toda a sociedade humana. A educação ambiental, antes de tudo, é de suma importância e deve ser para todos. Adquirir hábitos de preservação do meio pode ameniza os impactos e com esta educação o homem perceberá que o controle demográfico tem o seu papel. Mas esse processo precisa ocorrer de maneiro consciente e não por imposição. Fazer e promover práticas de preservação do meio ambiente é dever de todos. Não há culpados na degradação, mas também não há inocentes. O que existe de fato é uma maioria ignorante.


sábado, 13 de julho de 2019

Você sabe o que é o PRONEA?





O programa Nacional de Educação Ambiental tem como objetivo tornar visível o estudo de educação ambiental em todos os níveis educacionais. Desde a tenra idade até a formação universitária todos precisam tomar consciência da necessidade de preservar o ambiente, pois nós fazemos parte dele. Outro de seus objetivos é integrar o conhecimento do meio ambiente a todos os temas desde a politica a áreas como psicologia para que o individuo possa ter plena participação na problemática ambiental com vista a intervenção que busque a preservação.
Seus princípios englobam o respeito pelo ser humano, independente de gênero para que este aprenda a respeitar o planeta que vive conservando seus recursos e fazendo uso equilibrado deles. Busca igualdade social como equilíbrio para evitar o alto consumismo que gera resíduos poluentes e difícil descarte. Com isso espera-se que a educação ambiental forme uma sociedade sustentável.
Incentiva um envolvimento geral: pessoas comuns, profissionais da educação, governos, ong´s, empresas de modo geral. Todos com o mesmo objetivo, educar para preservar, a sustentabilidade para manter todas as espécies e o planeta curado.
O PRONEA também busca promover vários programas educativos como meio de conscientizar o ser humano para a importância da sustentabilidade, do consumo responsável, do não consumismo, de ver o planeta como mais que um planeta, mas como seu lar, seu ´”parceiro” na vida!
Para que o PRONEA aconteça é necessário o envolvimento de todos. É necessário que a educação não veja o estudo do ambiente apenas como prática nas ciências, mas em todas as disciplinas. Mas não é só responsabilidade da educação tratar sobre educação ambiental. Governos, autoridades, e todos devem se envolver. A criança como dita no inicio deve aprender praticas de preservação desde a infância.  Espera-se que atitude das pessoas aos poucos mude e que todos no globo inteiro entendem que o meio precisa do homem, mas que o homem precisa do meio!

quarta-feira, 22 de maio de 2019

O meio ambiente me preocupa!


        


  É verdade que a situação da Amazônia é grave, gravíssima. A sociedade consumista e desinformada vai continuar poluindo, desmatando e pouco se importa com a questão das florestas. O verdadeiro motivo é que precisamos ser educados para preservar o meio. A consciência não nasce sem conhecimento. No decorrer da historia o homem sempre utilizou o meio de maneira irresponsável. Nos primórdios não era possível perceber o impacto porque havia uma população reduzida, mas hoje com o aumento populacional em todo o mundo é impossível não perceber o que o ser humano tem feito ao ambiente. Para exemplificar, pense no pau-brasil. Foi explorado na época do descobrimento até tornar-se raro. Não havia tecnologia na época ou superpopulação para se por a culpa, mas o consumo exagerado e a ambição humana fez com que a madeira praticamente quase deixasse de existir. A educação ambiental, portanto é um passo para que os seres humanos percebam o grande problema que criaram com a devastação do meio ambiente.
         Outro aspecto que precisamos notar é que não adianta pensar em preservar sem busca maneiras de coibir o consumismo, a ambição dos empresários, a extrema pobreza, a miséria, a violência, a superpopulação. Os impactos ao meio não são individuais, de modo que não adianta ações unilaterais. A reeducação ambiental tem que abranger a todos. O impacto tem que ser global. É necessário conscientizar o empresário para que compreenda que o seu lucro de nada servirá se o planeta acabar, o ser humano como um todo precisa entender que não importam ricos ou pobres se os recursos que nos sustentam acabarem todos morrerão. Como diz o texto acima "A quem possa interessar e ouvir assinam essa declaração: todos os rios, os céus, as plantas, os animais, e os povos índios, caboclos e universais da Floresta Amazônica", todos estão envolvidos e todos podem deixar de existir conjuntamente caso a terra se torne inabitável. Não adianta imaginar que fugiremos em naves para outro planeta. Até hoje não se descobriu nenhum planeta que possa ser habitado como a terra. E mesmo que houvesse se não formos educados para preservar, acabaríamos com o outro planeta também! De fato, o primeiro caminho é a consciência e essa consciência vem de uma educação voltada para conhecer e perceber como planeta, seres vivos e consumo podem se relacionar. O passo inicial foi dado, mas é preciso que os já educados para preservação multipliquem seu conhecimento até que ele chegue a todos!

sexta-feira, 9 de novembro de 2012

Nosso alunos precisam conhecer e valorizar seu bairro


       Como educadora percebo que entre os jovens em idade escolar, assim como nos adultos habita o preconceito em relação ao bairros. Uns são qualificados como bons de morar ou "nobres" e outros são classificados como ruins e perigosos. Este preconceito acontece porque nossos jovens não são colocados em contato com a origem de seus bairros. Precisamos levá-los a isso através de atividades escolares que promovam tal conhecimento. Muitos de nós, até mesmo moradores antigos de Salvador, esquecem que a maioria dos bairros da cidade muitas vezes surgiram do nada ou então tiveram origem humilde e cresceram e se desenvolveram não porque o eram assim, mas porque a população que neles moravam desenvolveu-se, permaneceu no bairro e fez com que ele absorvesse o seu desenvolvimento, seja ele econômico ou intelectual. 
       O que ocorre hoje que faz com que muitos bairros de Salvador continuem na pobreza e a mercê da marginalidade é que a população que melhore socioeconomicamente e intelectualmente não tem se preocupado com o bairro. Estes preferem migrar para um bairro chamado "melhor" e nada contribui para melhoria de seu bairro de origem. Ele mesmo, desenvolve preconceito em relação a sua origem. Talvez percebendo que assim como o "homem é produto do meio, o meio por sua vez pode ser modificado pelo homem", este possa contribui com a melhoria dos bairros hoje chamados de "ruins de morar ou perigosos".  


      Nosso mestre educador Paulo Freire certa vez disse; "Se a educação sozinha não pode transformar a sociedade, tampouco sem ela a sociedade muda."  E Pitágoras completou: "Educai as crianças, para que não seja necessário punir os adultos." 
     Nossas origens alem de nos dizer que somos podem determinar o que faremos, portanto incluir a origem do local onde cada um de nossos educandos nasce e vive pode fazê-los pensar melhor em que futuro pretendem dar para o ambiente em que vivem. 





quarta-feira, 17 de outubro de 2012

Quem foi Helen Beatrix Potter?


Quem foi Helen Beatrix Potter?

           Helen Beatrix Potter foi uma grande escritora, ilustradora, micologista e conservacionista inglesa, célebre por seus livros infantis de grande originalidade e valor intemporal. Sua obra mais famosa é A História do Pedro Coelho, um relato das travessuras do Peter Rabbit na horta do Seu Gregório.Ela fez setenta tentativas e sessenta e nove falharam. Sua carreira como escritora e ilustradora infantil começou quando A História do Pedro Coelho foi publicada por Frederick Warne em 1902. Em 1905, com o dinheiro que ganhou, comprou sua primeira propriedade em Lake Districk, uma fazenda chamada Hill Top, na cidade de Near Sawrey. A fazenda e seus arredores começaram a aparecer nas suas histórias.
Foi uma grande conservacionista e ambientalista. Quando Beatrix Potter morreu, em 1943, deixou mais de 4.000 acres e 15 fazendas para o National Trust, uma organização destinada a preservar lugares de interesse histórico ou de grande beleza cênica, na Inglaterra.